28/06 – Quarto Jogo do Brasil

Como o quarto jogo foi novamente no Ellis Park e tínhamos o ticket para o estacionamento, ficou mais fácil o acesso ao estádio.

Pudemos ver um Brasil jogando mais de acordo com o que esperávamso em termos de futebol. A performance da nossa dupla de zaga é realmente algo que nos deixa bastante confiantes. Entretanto nosso meio de campo, que ganhou bastante com a substituição de Felipe Melo por Ramires, vai novamente ser menos ofensivo, já que devido ao seu segundo cartão amarelo, Ramires vai ficar de fora do próximo jogo. Mas enfim, é continuar torcendo para o Dunga tomar as decisões mais acertadas, pois daqui por diante o nível dos jogos só aumenta.

O clima era fantástico e novamente, pessoas de vários países estavam no estádio para ver os "Samba Boys" jogarem, nome carinhoso que os sul-africanos deram a seleção brasileira.

28/06 - Lesedi Cultural Village

Decidimos conhecer a vila cultural do Lesedi para saber mais sobre a tradição dos demais povos da África do Sul. O Lesedi fala é claro, sobre o povo Zulu, mais antigo e numeroso da região, mas também mostra as particularidades dos povos Ndebele, Xhosa, Basotho e Pedi, cada grupo com complexos e próprios sistemas de cultura e relacionamento.

Logo na chegada, fomos recebidos por mulheres Ndebele, as quais destacam-se por seus trajes coloridos, trabalhos de artesanato, criação de imagens e atividades de decoração. Nesse grupo, as mulheres são responsáveis por cultivar a terra e fazer as pinturas decorativas das casas, que podem ter formatos retangulares, enquanto os homens, lidam com o metal e fazem os ornamentos usados pelas mulheres, como colares, braceletes e tornozeleiras. Os Ndebele são sem sombra de dúvida, o estilo mais chamativo e povo mais amável.

Os Xhosas são a tribo originária do Nelson Mandela, lider e figura crucial na luta contra o Apartheid (política de segregação que fazia distinção racial entre a população negra e mestiça do país). Suas cabanas tem formatos circulares e são feitas de barro, destacam-se nos trabalhos com contas, cerâmica, cestaria e tecelagem e ao se comunicar, pois em seu dialeto, estalam a língua e emitem diversos sons.

Os Basotho são originários do Lesotho, país independente dentro do território sul-africano. Possuem cabanas com formatos circulares e pinturas características, destacam-se por seus trabalhos com contas, cestaria e são facilmente identificados por utilizar chapéus de palha em formato de cone.

Os Pedi vivem em cabanas de formato arredondado, feitas de barro e ainda hoje, desenhos com esterco de vaca são feitos pelas mulheres na frente das casas para afastar insetos. Destacam-se por seus trabalhos com contas e o chefe deste grupo usa roupas feitas de pele de leão ou leopardo para mostrar liderança.

Os Zulu tem as cabanas mais simples, feitas de palha e sapé, comunitariamente por homens e mulheres, sendo todas em formato de colméia. Destacam-se pelas mesmas atividades dos Xhosas, bem como pela confecção de armas. Uma curiosidade é a cabana dos grãos, feita num nível elevado, sobre longas estacas, para proteger o milho e o sorgo (utilizado para fazer cerveja) de aves e roedores.

Nosso programa foi dividido em 4 etapas:

1º - Assistimos a um vídeo num telão que narrava a história dos povos sul-africanos, sentados no chão de uma oca em almofadas com imagens de bichos pintados a mão;

2º - Fizemos uma excursão pelas 5 aldeias recriadas para conhecermos seus hábitos e costumes;

3º - Assistimos um maravilhoso espetáculo de dança tradicional, com músicas e danças dos 5 povos e acreditem, terminamos dançando com eles em volta da fogueira...

4º - Almoço típico com iguarias das regiões norte, leste e sul da África.

Cabana Ndebele

Mulheres Ndebele

Cabana Xhosa

Criança Xhosa

Cabana Basotho

Homem Basotho

Cabana Pedi

Mulher Pedi fazendo desenhos com esterco de vaca

Cabanas Zulu

Mulher Zulu com antiga saia de couro de vaca

Dança tradicional

27/06 - Ushaka Marine World

Hoje amanheceu chovendo em Durban e mais uma vez, a cidade nos lembrou o Rio de Janeiro, que perde muito do seu brilho nos dias sem sol.

Como íamos voltar para Joanesburgo no final da tarde e chovia sem parar, decidimos conhecer o Ushaka Marine World, um parque temático localizado na beira da praia em Waterfront, já que parte dos programas proporcionados eram ao abrigo da chuva. O principal deles é um aquário contruído no formato de um navio abandonado, sendo uma atração diferente e muito interessante.

Para nossa surpresa o Ushaka Sea World, parte aberta do parque, também estava funcionando e pudemos assistir o show dos golfinhos.

Ao chegarmos em Joanesburgo no fim do dia, fomos direto ao balcão da Fifa para retirar os ingressos para os próximos jogos. Também já compramos o ticket para o estacionamento. Desta vez, vamos de carro até bem próximo do estádio.

26/06 – Shakaland Cultural Experience

Hoje visitamos um resort temático a 160 Km de Durban, onde anexado ao hotel, está uma recriação de uma aldeia tradicional Zulu, também chamadas de Kraal Zulu, que consistem num agruapamento circular de cabanas em formado de colméia.

Mais do que uma atração turística, foi uma oportunidade de conhecer um pouco sobre a cultura e modo de vida deste povo guerreiro. Durante o nosso tour pudemos presenciar um pouco do seu dia-a-dia, nas mais diversas atividades, tais como tecelagem e trabalhos com contas e cerâmica, para além da confecção de armas, danças tradicionais, estratégias de luta e fabricação de sua “cerveja”, a qual pudemos provar.

25/06 – Terceiro jogo do Brasil

Galera, antes de mais nada, gostaríamos de agradecer a visita de vocês ao nosso blog. Adoramos todos os comentários, aliás, continuem comentando pois fizemos o blog para vocês e ficamos muito felizes quando conseguimos saber se estão gostando.

Chegamos em Durban dia 24 no início da noite, fomos direto para a pousada, a qual é super confortável e os proprietários Barbara e Marsh nos fizeram sentir em casa.

No dia seguinte, fomos logo cedo para a cidade, o clima era fantástico e estávamos super felizes em deixar para trás o frio de Joanesburgo por alguns dias. Havia muito agito no “calçadão” de Durban, pois o estádio Moses Mabhida, palco do confronto era muito próximo à orla e por isso, sem sombra de dúvida, foi o mais tranquilo para chegarmos. Paramos nosso carro em North Beach a apenas 30 minutos de caminhada, num trajeto muito tranquilo e agradável. Em matéria de segurança também não temos do que nos queixar, pois o policiamento ostensivo era notável mesmo após o jogo.

Sobre o jogo em si, destacamos a atuação irretocável do Lúcio que demosntrou toda a raça que gostaríamos de ver nos demais jogadores, uma vez que, juntamente com o Juan, foram os únicos destaques da nossa seleção. O resultado, por consequência, foi um desapontador empate em 0 a 0, mas suficiente para classificar o Brasil como 1º do grupo e não mudar nosso roteiro de viagem.

Gostaríamos de mandar um abraço à rapaziada que mora em Angola com a qual estivemos torcendo nos três primeiros jogos, sempre com muita animação. Esperamos poder representá-los até a final!